Tuesday, March 13, 2012
Avó Pires
Pode dizer-se que foi a minha 1ª modelo... quando eu com 13 anos ganhei uma máquina fotográfica de plástico, foi a ela que tirei as primeiras fotos.
O filme era preto e branco 120 e ainda tenho algumas cópias...
Monday, October 19, 2009
ERMIDA de SANTA ANA - de cara lavada
A ermida foi reparada e caiada pela Junta de Freguesia de Santa Maria (Serpa) e parece outra. A ermida foi construida no século XVII e era de SANTA ANA e não SANTANA, como é popularmente conhecida.
Aqui fica a imagem...
AM
Wednesday, September 16, 2009
Santana 1967
Passei várias vezes férias em Santana até aos meus 20 anos, depois descobri o inter-rail e comecei a descobrir outros mundos.
Esta foto foi tirada por uma tia (Maria acho eu) com a espingarda calibre 16 do meu avô... belos tempos!
A minha avó pintada pela artista ANITA STANHOPE
É uma das melhores pintoras de photoshop que conheço!
Para fazer este tipo de trabalho não basta saber alguma coisa de fotografia e de photoshop... tem de se ter também alguma pericia na pintura. O trabalho tem um "dedinho" meu no fundo...
A Anita mora na Florida e já me pintou vários quadros!
Procurem no www.flickr.com por ANITA STANHOPE ou SKYOPAL
Wednesday, November 14, 2007
A ÚLTIMA FOTO...
Uma singela homenagem a minha avó materna, ANA GERTRUDES PIRES...
Foi a minha parteira, criou-me até aos 6 anos e era a minha avó especial... Comecei a escrever, e a escrita fala nela... Aqui fica a última foto que lhe tirei (já nos anos 90 do século passado)... A melhor a cores das muitas que lhe tirei...
Ao fundo a folha de Santana (Quinta de Pantufo)...
O começo... Corria o ano de 1955, estávamos em Março e a Primavera tinha acabado de chegar. Os dias estavam a ficar mais longos, o sol brilhava agora mais tempo e a chuva já era rara. O dia 23 estava destinado a ser o dia da chegada a este mundo de António, o primeiro filho de Ana Teresa e Francisco.
À sua espera estavam as mãos experientes da avó materna, Ana Pires de sua graça. A senhora já tinha ajudado a nascer muitos bébés na região, a bem dizer em todos os montes perto da Ermida de Santana, onde vivia. Agora tinha chegado a vez do seu neto... do seu primeiro neto.
A infancia correu da melhor maneira nos campos de Santana até aos 6 anos de idade... os pais tinham seguido para Lisboa e António tinha ficado com os avós maternos. Na altura a vida estava difícil no Alentejo e os avós paternos acabaram por abalar também para a capital.
A casa era pequena mas o pai queria o filho por perto e a escola esperava por António na Grande Lisboa, Feijó, concelho de Almada. O pai, a mãe, a irmã mais nova e os avós paternos acabaram por partilhar uma casa no Laranjeiro.
A vida na grande urbe pareceu muito diferente ao rapazinho e amiúde a lembrança da avó Pires vinha-lhe à cabeça. Os avós nunca o esqueceram e sempre que podiam davam uma saltada a Lisboa para o ver... isso aconteceu só um par de vezes mas a António sabia-lhe muito bem ter a avó ou o avô por perto, nem que fosse só por alguns dias.
A escola ainda ficava longe de casa e todos os dias o rapaz metia-se a caminho com os amigos para palmilhar quase 3 km para ir e outros tantos para voltar... afinal de contas o mesmo que teria de palmilhar se tivesse ficado no monte de Santana. Era essa a distância até à vila de Serpa.
Da primeira classe lembra-se pouco... quase não aprendeu nada, da segunda classe pior, pois António detestava a professora e vice versa... amiúde levava reguadas por não fazer os deveres e acabou mesmo por chumbar o ano.
Uma nova segunda classe e uma professora à maneira fizeram-no descobrir a verdadeira escola e os muitos amigos.
Do que se lembra com mais gosto, os elogios da professora quando tirava as melhores notas da classe a aritmética e a história... Isso e as brincadeiras no recreio fizeram os trés anos da primária parecer um fósforo.
Da preparatória também tem boas recordações, a então vila de Almada pareceu-lhe uma grande cidade comparada com o sitio onde vivia, e em pouco tempo percorria com a facilidade dos 12 anos de idade todos os caminhos, de Almada velha a Cacilhas pelo miradouro, descendo as escadas até ao Olho de Boi, ou as ruelas de Mutela até à Romeira onde havia um centro de moagem e as fragatas do Tejo despejavam os cereais.
Este era o seu mundo e agradava-lhe a ideia de conseguir percorrer a pé tais distâncias... mesmo assim da escola até Cacilhas seriam 2 ou 3 km, e depois até à Romeira outros tantos.
Nesta altura do campeonato andar não era problema de maior. Com os muitos amigos chegava mesmo a fazer corridas para ver quem chegava primeiro. António como era magro e bastante ágil era frequentemente o primeiro.
continua...
À sua espera estavam as mãos experientes da avó materna, Ana Pires de sua graça. A senhora já tinha ajudado a nascer muitos bébés na região, a bem dizer em todos os montes perto da Ermida de Santana, onde vivia. Agora tinha chegado a vez do seu neto... do seu primeiro neto.
A infancia correu da melhor maneira nos campos de Santana até aos 6 anos de idade... os pais tinham seguido para Lisboa e António tinha ficado com os avós maternos. Na altura a vida estava difícil no Alentejo e os avós paternos acabaram por abalar também para a capital.
A casa era pequena mas o pai queria o filho por perto e a escola esperava por António na Grande Lisboa, Feijó, concelho de Almada. O pai, a mãe, a irmã mais nova e os avós paternos acabaram por partilhar uma casa no Laranjeiro.
A vida na grande urbe pareceu muito diferente ao rapazinho e amiúde a lembrança da avó Pires vinha-lhe à cabeça. Os avós nunca o esqueceram e sempre que podiam davam uma saltada a Lisboa para o ver... isso aconteceu só um par de vezes mas a António sabia-lhe muito bem ter a avó ou o avô por perto, nem que fosse só por alguns dias.
A escola ainda ficava longe de casa e todos os dias o rapaz metia-se a caminho com os amigos para palmilhar quase 3 km para ir e outros tantos para voltar... afinal de contas o mesmo que teria de palmilhar se tivesse ficado no monte de Santana. Era essa a distância até à vila de Serpa.
Da primeira classe lembra-se pouco... quase não aprendeu nada, da segunda classe pior, pois António detestava a professora e vice versa... amiúde levava reguadas por não fazer os deveres e acabou mesmo por chumbar o ano.
Uma nova segunda classe e uma professora à maneira fizeram-no descobrir a verdadeira escola e os muitos amigos.
Do que se lembra com mais gosto, os elogios da professora quando tirava as melhores notas da classe a aritmética e a história... Isso e as brincadeiras no recreio fizeram os trés anos da primária parecer um fósforo.
Da preparatória também tem boas recordações, a então vila de Almada pareceu-lhe uma grande cidade comparada com o sitio onde vivia, e em pouco tempo percorria com a facilidade dos 12 anos de idade todos os caminhos, de Almada velha a Cacilhas pelo miradouro, descendo as escadas até ao Olho de Boi, ou as ruelas de Mutela até à Romeira onde havia um centro de moagem e as fragatas do Tejo despejavam os cereais.
Este era o seu mundo e agradava-lhe a ideia de conseguir percorrer a pé tais distâncias... mesmo assim da escola até Cacilhas seriam 2 ou 3 km, e depois até à Romeira outros tantos.
Nesta altura do campeonato andar não era problema de maior. Com os muitos amigos chegava mesmo a fazer corridas para ver quem chegava primeiro. António como era magro e bastante ágil era frequentemente o primeiro.
continua...
Sunday, October 14, 2007
A ERMIDA de SANTANA
Tenho de pesquisar um dia quem edificou a ermida e em que ano... Em Serpa há mais umas três com o mesmo modelo - S. Pedro (perto da piscina), S. Sebastião (ou Santo Martir) logo à entrada ao pé dos silos, e uma outra perto do hospital que não recordo o nome...
A ermida de Santana (chegou a ser freguesia de Santana no século XVIII) tinha cerca de 1 hectare de terra que o meu avô materno José Francisco Salgueiro ou José Aleixo como era conhecido tratava... tratava também da igreja (tinha a chave), e pagava uma pequena mensalidade ao padre. A familia do meu avô foi para Santana no início do século XX, tinha o meu avô 7 meses (era o benjamim da familia) e ficou no monte depois dos meus bisavós terem falecido.
Em troca de vigilância ao olival que ficava do outro lado da estrada N262, o meu avô recebeu por empréstimo um pedaço de terra (uns 2 hectares) junto ao barranco de Santana e cultivou aí o que precisava para a subsistência.
A horta que pegava com Santana foi alugada pela familia de Nicolau Breyner e o primeiro trabalho do meu pai (ele não gosta muito de falar nisso) foi levar o então menino Nicolau à escola... foi nessa altura que o meu pai conheceu a minha mãe... e foi em Santana que eu nasci!
CM
A ermida de Santana (chegou a ser freguesia de Santana no século XVIII) tinha cerca de 1 hectare de terra que o meu avô materno José Francisco Salgueiro ou José Aleixo como era conhecido tratava... tratava também da igreja (tinha a chave), e pagava uma pequena mensalidade ao padre. A familia do meu avô foi para Santana no início do século XX, tinha o meu avô 7 meses (era o benjamim da familia) e ficou no monte depois dos meus bisavós terem falecido.
Em troca de vigilância ao olival que ficava do outro lado da estrada N262, o meu avô recebeu por empréstimo um pedaço de terra (uns 2 hectares) junto ao barranco de Santana e cultivou aí o que precisava para a subsistência.
A horta que pegava com Santana foi alugada pela familia de Nicolau Breyner e o primeiro trabalho do meu pai (ele não gosta muito de falar nisso) foi levar o então menino Nicolau à escola... foi nessa altura que o meu pai conheceu a minha mãe... e foi em Santana que eu nasci!
CM
Monday, August 28, 2006
MELÃO - a origem do apelido
A nossa familia devia ter ATAÍDE como apelido...
A minha bisavó ANA RITA MELÃO devia ser uma mulher de armas ao conseguir que pelo menos 3 filhos fossem baptizados com o seu apelido...
O meu bisavô chamava-se MANUEL dos REMÉDIOS ATAÍDE e como se sabe no principio do século não havia muita burocracia com nomes e apelidos...
Foi assim que o meu avô paterno (o mais novo de 9 filhos) foi registado com o nome de ANTÓNIO ATAÍDE MELÃO... o meu pai (o filho mais velho) com FRANCISCO ATAÍDE REBÔCHO MELÃO e eu (também o filho varão) com ANTÓNIO FRANCISCO SALGUEIRO MELÃO... como não tive filhos homens lá se foi a estratégia da minha bisavó para preservar o nome MELÃO... Procurando por familiares descobri que o apelido do bisavô era ATHAIDE e o apelido da bisavó era MELÔA (por ser mulher)... os nomes dos pais de ANNA RITA MELÔA eram JOSÉ MARIA VILLÃO e ANNA da CRUZ MELÔA...
*Na foto a minha avó materna ANA PIRES SALGUEIRO à porta de casa na Rua do Progresso, 17 em Serpa (forte)
Thursday, August 10, 2006
ANTÓNIO MELÃO
Este blog vai servir para encontrar familiares, amigos e conterrâneos.
Nasci em Serpa, no Monte de Santana (pegado à Ermida do mesmo nome) no dia 23 de Março de 1955.
Meu pai chama-se FRANCISCO ATAÍDE REBÔCHO MELÃO e minha mãe chamava-se ANA TERESA SALGUEIRO.
O meu pai nasceu na vila a 19 de Novembro de 1933 (embora só fosse registado no ano seguinte???) e a minha mãe nasceu no monte a 15 de Maio de 1934 como eu, a minha irmã Feliciana, o meu tio José Elias, a minha tia Feliciana e a minha tia Maria... os meus primos filhos da minha tia Maria não tenho a certeza se nasceram em Santana.
O meu avô materno JOSÉ FRANCISCO SALGUEIRO (conhecido como José Aleixo) mudou-se com a familia para Santana quando tinha 7 meses, no principio do século XX.
A minha avó materna ANA GERTRUDES PIRES casou com o meu avô em principios da década de 1930 e ficaram a morar no pequeno monte.
A minha avó teve 5 filhos - Manuel José (falecido em criança), Ana Teresa (a minha mãe), Feliciana, Maria e José Elias.
Eu estive em Santana com os meus avós até aos 6 anos de idade. Em 1961 vim para Lisboa (Margem Sul) para a casa dos meus pais. Os meus pais vieram para Lisboa em 1958 depois do nascimento da minha irmã Feliciana. A minha irmã Arlinda já nasceu no Laranjeiro.
continua